08 setembro 2024

Entra eleição, sai eleição e tudo piora.

Coletivo Comunista Proletário


    A cada dois anos somos convocados a votar, mas entra eleição, sai eleição e tudo piora para a grande maioria do nosso povo. A mesma conversa fiada se repete, promessas de melhoria em todos os setores, educação, saúde, habitação, transportes e etc. Velhos e novos pilantras anunciando maravilhas.

Por que será que isso acontece? 

    O grande engano é que por trás de uma fachada democrática, onde em teoria "o poder emana do povo", a verdade é que o poder emana da minoria que controla o dinheiro, as grandes propriedades e as grandes empresas. E quem reúne tudo isso nas mãos é uma só classe social: a burguesia. É o que chamam de capitalismo, o sistema onde milhões trabalham para a riqueza e o poder ficarem concentrados nas mãos de poucos.

    Quando chega a época da eleição, o poder econômico dessa burguesia e os meios de comunicação que ela controla já martelaram durante muito tempo na cabeça do povo quais são as ideias, os partidos e candidatos a serem votados. São os pilantras que repetem as mesmas promessas para manter a grande massa da população iludida, acreditando que existe saída para os  problemas que enfrentamos sem por abaixo esse sistema político que garante o poder dos exploradores.

As consequências

    Depois de décadas vivendo sob essa democracia de fachada, chegamos à situação atual, onde o povo trabalhador arca com as consequências, sofrendo com desemprego, baixos salários e aposentadorias, transportes ruins e caros, moradias precárias, além da crescente violência urbana. Dados oficiais confirmam que 60% dos trabalhadores brasileiros recebem até um salário mínimo e 80% estão na faixa de até dois salários mínimos. Sem falar das milhões de pessoas sobrevivendo na mais completa miséria, dependendo de auxílios e emolas.

Como se não bastasse tudo isso, nas grandes cidades temos regiões sob controle e disputadas por bandos armados e a polícia atuando com táticas de guerra. O uso de armamentos pesados nesses confrontos resultam quase sempre em mortes de inocentes. Diariamente os trabalhadores também são vítimas de assaltos indo ou voltando do trabalho, ficam sem seus pertences e muitas vezes perdem a própria vida.

O que podemos fazer?

    Não existem saídas fáceis para situações tão difíceis. Como vimos, chegamos até aqui ao longo de décadas em que os problemas foram se agravando. Não será simplesmente votando em eleições controladas pelo poder da classe dominante e dos seus políticos corruptos que conseguiremos modificar a nosso favor a situação atual.

    Nenhuma solução virá dos candidatos e partidos que representam aqueles que nos exploram. Não podemos depositar qualquer confiança nos que repetem mentiras na televisão, nas redes sociais e nos lugares que frequentamos. O objetivo deles é manter essa democracia de fachada e o capitalismo.

    Nós, os proletários, precisamos encarar a dura realidade. Para começar um processo de mudança temos que primeiro acreditar em nossa própria força, a força de quem tudo produz. A partir dessa consciência, teremos condições para, de forma organizada e coletiva, lutarmos por nossos interesses enquanto classe social que somos, independente da burguesia  e dos seus governos.


Unidos e organizados somos fortes!

Só a luta pode conquistar melhorias!

Poder Proletário, Paz e Socialismo!